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MATRIZ DE ANÁLISE HIPERINFOGRÁFICA
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CENAS NA HIPERMÍDIA – Este item está relacionado à navegação hipertextual, na qual o ponto central é a vinculação não linear dos nós. Ou seja, a interligação de uma cena a outra dentro do ambiente hiperinfográfico, condicionada pela clicagem ou passagem de um nó atual para outro nó da mesma temática. Destacado por Cairo (2008), o termo ―cena‖ é tratado como uma unidade temática ―que pode ser lida de forma autônoma, ainda que necessite de cenas contínuas para gerar o significado completo‖ (CAIRO, 2008, p. 75). Não são considerados cenas os objetos que surgem mediante cliques, como caixas, textos (rollover) e pop-ups que se abrem.
RECURSOS SINTÉTICOS E SINCRÔNICOS - Observando os elementos da visualização sintética e da visualidade estética, o hiperinfográfico no jornalismo tem por finalidade o relato. A síntese é algo mais além que um resumo. Significa explicar os assuntos, traduzindo-os em formas visuais. Assim, é criar os ingredientes que vão facilitar a leitura por parte do usuário. Para isso, é necessária a combinação de componentes textuais e audiovisuais, fotográficos e icônicos que permitam a síntese e a adequada relação entre eles. Os recursos dessa sincronia utilizados para a codificação da informação podem ser mapas, gráficos, listas, diagramas explicativos, buscadores, fotografias, vídeos, animações e áudios. Esses componentes definem o grau de multimidialidade do hiperinfográfico e precisam se conectar à narrativa para obter efetividade informativa (LONGHI, 2009).
TIPO DE INTERAÇÃO – Conforme explicitado no item 3.5, a matriz adota o sistema de interação em três níveis: instrução, manipulação e exploração. Esta tríade é o suporte para entender o nível de relação entre o usuário com o hiperinfográfico. Devemos partir dos questionamentos ―De que forma esse intercâmbio ocorre?‖ e ―Como a interface facilita esse processo?‖.
GRAU DE PROFUNDIDADE INTERATIVA – Busca estabelecer uma relação com os níveis de interação no interior da matriz. Define a profundidade de cada hiperinfográfico, apoiada nos cinco graus propostos por Cairo (2008, p. 94): a) Grau 1: Considerado o grau nulo, quando inclui apenas botões de avançar e retroceder com estrutura limitada a uma tela. Este nível é fortemente percebido em infografias de segunda geração, mas é passível de ser notado em hiperinfografias de baixa complexidade. b) Grau 2: Quando se observa botões de rollover e/ou níveis de profundidade vertical, que podem estar presentes em experiências voltadas para hiperinfografias em realidade virtual.
NÍVEL DE INSERÇÃO – O módulo proposto por Santos (2016) faz parte do seu Modelo de Jornalismo Convergente e intenta verificar o nível de inserção do usuário no ambiente do hiperinfográfico. A inserção está vinculada à ideia de imersão e, por isso, dialoga com os itens referentes ao Tipo de Interação e ao Grau de Profundidade Interativa. Em um dos pontos apresentados no seu Modelo de Jornalismo Convergente, o autor cita a ―distribuição multiplataforma do conteúdo em níveis diferentes de imersão‖ (SANTOS, 2016). São três os níveis. Os hiperinfográficos podem se manifestar em um ou até mais, sendo eles o de ―tela com texto‖, ―mobile e realidade aumentada‖ e ―dispositivos de realidade virtual‖ (Gráfico 10).
QUADRANTE DAS AFFORDANCES – Consideramos importante este ponto da matriz porque pretende identificar quais são as lógicas de ação dos usuários dispostas nos hiperinfográficos e como são percebidas, ampliadas ou se trazem prejuízo à navegação e ao entendimento da informação. Para isso, baseamos a análise nas affordances elencadas por Murray (2012), para identificar em qual ou quais delas o hiperinfográfico se encaixa. Ou seja, se está equilibrado ou se poderia ser melhor explorado.
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